Dólar fecha em alta de 1,63% e volta a ultrapassar R$ 2,20

Autor(es): Wellton Máximo
Agência Brasil: 28.06.2013

Brasília – Apesar de uma série de intervenções do Banco Central (BC), a moeda norte-americana fechou o dia com forte alta e voltou a ultrapassar a barreira de R$ 2,20. O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (28) vendido a R$ 2,2317, com alta de 1,63%.

O câmbio operou em alta durante todo o dia. O dólar diminuiu o ritmo de aumento depois que o BC vendeu US$ 3,977 bilhões no mercado futuro. Por volta das 12h10, a cotação atingiu R$ 2,2001, na mínima do dia. Nas horas seguintes, no entanto, a moeda norte-americana voltou a subir, até encerrar a sessão na máxima do dia.

A cotação aproxima-se do recorde registrado no último dia 20, quando o dólar comercial fechou em R$ 2,258 e atingiu o maior valor desde 1º de abril de 2009. Há mais de um mês, o mercado financeiro global enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Fed, o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta.

A instabilidade agravou-se depois de Ben Bernanke, presidente do Fed, ter declarado, há uma semana, que a instituição pode diminuir a compra de ativos até o fim do ano, caso a economia dos Estados Unidos continue a se recuperar. Se a ajuda diminuir, o volume de moeda norte-americana em circulação cai, aumentando o preço do dólar em todo o mundo.

Edição: Aécio Amado

Patético adiamento do imposto na nota

Depositphotos 9735780 s Patético adiamento do imposto na nota | Spedito
http://www.robertodiasduarte.com.br/index.php/tag/roberto-dias-duarte/
Dado o interesse de 98% da população sobre o quanto pagam em impostos nas suas compras domésticas, o momento não é mais de se discutir se a Lei 12.741/2012 deve ou não ser implementada. Apesar disso, algumas entidades que se manifestam favoráveis à lei, veladamente têm atuado contra ela.
O Ministério da Fazenda e a Receita Federal são exemplos claros disto. Em 28 de setembro de 2012, ambos encaminharam parecer recomendando o veto total do então Projeto de Lei do Senado 1.472/ 2007, que em dezembro do mesmo ano se transformaria na legislação recém-promulgada.
A conclusão final do parecer é que o PLS apresentava “vício constitucional insanável de constitucionalidade e potencialidade de gerar efeitos negativos à economia nacional”.
Dentre os devaneios apresentados pelas autoridades há argumentos como “uma das consequências negativas da lei é o engessamento na redução de preços ou na oferta de descontos ou liquidações aos consumidores, uma vez que qualquer rebaixamento deles gerará um importante custo ao comerciante, uma vez que terá que recalcular os novos valores sobre os tributos incidentes.”.
Estranhamente, em 27 de abril de 2013, durante audiência pública realizada no Congresso Nacional, o posicionamento da Receita Federal foi outro, ao afirmar que “a legislação tributária brasileira é extremamente complexa. Os tributos federais são complexos. Isso é inegável”. E o representante da Receita concluiu: “Claro que eu quero ressaltar que a Receita Federal não é contra, em hipótese alguma, a transparência dos tributos e que eles sejam demonstrados ao contribuinte. Esse é um princípio que deve ser respeitado.”
E para demonstrar que existe a possibilidade de erros grosseiros no cálculo dos impostos, que podem induzir o contribuinte à sensação de “hipertributação”, o auditor-fiscal apresentou uma série incrível de falhas.
Certamente, imaginou que a pessoa que estiver calculando os valores apresentados não terá o mínimo conhecimento na área tributária. Citou até o caso de empresa optante pelo Simples Nacional, cujas alíquotas são tabeladas, de forma clara, e que, ao aplicar cálculos de contribuições de empresas em regime não cumulativo, teria o valor em muito majorado.
Esqueceu ele, entretanto, que apenas 190 mil empresas, as maiores do Brasil, participam do regime não cumulativo das contribuições. Que 4 milhões estão no Simples e 1,1 milhão no cumulativo. Pior, ignorou que não será o comerciante o responsável pelo cálculo, e sim um especialista, que pode até errar, dada a complexidade do sistema, mas jamais cometerá um engano tão primário.
O mais estranho disso tudo é que nenhum parecer ou depoimento de autoridade tributária cita que a lei permite que os impostos, em valor ou percentual, poderão ser discriminados em cartazes, etiquetas ou leitores de preços. Tampouco menciona que, “a critério das empresas vendedoras, serão calculados e fornecidos, semestralmente, por instituição de âmbito nacional reconhecidamente idônea”.
O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, por exemplo, disponibiliza gratuitamente uma tabela com as informações tributárias de quase 12 mil itens. Com esses números é possível produzir cartilhas impressas e cada estabelecimento comercial poderá ter um exemplar disponível aos seus clientes. Essa solução, desde que elaborada de forma cooperativa, é bastante simples e barata.
Assim, os comerciantes poderão proceder suas liquidações ou remarcações de preços sem custos adicionais. Afinal, se a carga tributária de um iogurte é 33,06%, e esse percentual é impresso no panfleto, cartilha, ou cartaz, pouco importa se o preço do produto é R$ 4,00 ou R$ 8,90. Essa solução deixa a responsabilidade para os especialistas. Assim, os erros grosseiros não ocorrerão.
A Receita Federal poderia ajudar na implementação dessa lei, não somente apresentando propostas técnicas para a simplificação do nosso caótico sistema tributário. Ela tem competência técnica para elaborar uma solução tecnológica que ajude os empresários nesse processo. Mas para isso é preciso haver interesse da gestão pública na aplicação da lei, o que na prática não tem ocorrido.
O Ministério da Justiça afirmou que a responsabilidade de regulamentação da lei seria da Secretaria Nacional do Consumidor. Depois, que o tema estaria na Casa Civil da Presidência da República, que já declarou a autossuficiência e a clareza da lei.
Estranhamente, a mesma Casa Civil enviou ao Congresso, via Medida Provisória, proposta ampliando em um ano o prazo para a aplicação das sanções e penalidades aos infratores. Na prática, o Estado brasileiro, que se omitiu nos últimos seis meses sobre o tema, mostra-se disposto a protelar o chamadoimposto na nota para atender às demandas dos pequenos empresários. Mais uma vez, ao invés de agir preventivamente, orientando e esclarecendo o contribuinte, prefere o jeito mais fácil: adiar. Eis aí mais uma decisão patética pensada por quem está do outro lado do balcão.
O fato é que empresários e associações empresariais já podem demonstrar imediatamente a carga tributária a seus clientes, com custos bastante baixos. Dessa forma, a população poderá se engajar pela redução da carga tributária e pela simplificação de um sistema que impede o desenvolvimento do país. Não é preciso aguardar orientações de um governo inoperante, que vê nessa lei a exposição de uma de suas principais mazelas: a gastança desenfreada!

BC faz segunda intervenção do dia no mercado de câmbio

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Banco Central (BC) atuou hoje (28) pela segunda vez no dia no mercado de câmbio. O BC anunciou leilão de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, às 10h26 e às 11h15.

No segundo leilão, foram ofertados 40 mil contratos, com vencimentos em 1º de outubro e 1º de novembro deste ano. Para outubro, foram negociados 17,2 mil contratos, no total de US$ 855,1 milhões. Para a segunda data, foram 22,8 mil contratos, no valor total de US$ 1,131 bilhão.

No primeiro leilão, também com essas datas de vencimentos, foram negociados 28,9 mil contratos, com valor de US$ 1,439 bilhão, para 1º de outubro. No caso do vencimento em 1º de novembro, foram US$ 551,8 milhões, com 11,1 mil contratos negociados.

O BC tem feito intervenções no mercado de câmbio para suavizar a alta do dólar. Ontem, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, disse que a autoridade monetária “não tem compromisso com nenhum patamar de câmbio”, mas, sempre que julgar necessário, fará intervenções no mercado.

Edição: José Romildo

BC vende cerca de US$ 1,9 bilhão no mercado futuro

Autor(es): Kelly Oliveira
Agência Brasil - 28.06.2013

Brasília - O Banco Central (BC) fez hoje (25) uma intervenção no mercado de câmbio. O BC fez um leilão de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, anunciado ontem.

Foram ofertados 40 mil contratos, com duas datas de vencimento: 1º de outubro e 1º de novembro deste ano. No caso da primeira data, foram negociados 28,9 mil contratos, com valor de US$ 1,439 bilhão. Para 1º de novembro, foram US$ 551,8 milhões, com 11,1 mil contratos negociados.

O BC tem feito intervenções no mercado de câmbio para suavizar a alta do dólar. Ontem, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, disse que a autoridade monetária “não tem compromisso com nenhum patamar de câmbio”, mas, sempre que julgar necessário, fará intervenções no mercado.

Edição: José Romildo

Decreto com a regulamentação da Lei dos Portos

DECRETO Nº 8.033, DE 27 DE JUNHO DE 2013
DOU 28/06/2013

Regulamenta o disposto na Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, e as demais disposições legais que regulam a exploração de portos organizados e de instalações portuárias.

          A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe conferem os arts. 84, caput, incisos IV e VI, alínea "a", e 21, caput, inciso XII, alínea "f", da Constituição, e tendo em vista o disposto nas Leis nº 12.815, de 5 de junho de 2013, nº 10.233, de 5 de junho de 2001, e no 10.683, de 28 de maio de 2003,

          D E C R E T A :

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

          Art. 1º Este Decreto regulamenta o disposto na Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, e as demais disposições legais que regulam a exploração de portos organizados e de instalações portuárias.

          Parágrafo único. O poder concedente será exercido por intermédio da Secretaria de Portos da Presidência da República.

          Art. 2º Sem prejuízo de outras atribuições previstas na legislação específica, compete ao poder concedente:

I -      elaborar o plano geral de outorgas do setor portuário;

II -     disciplinar conteúdo, forma e periodicidade de atualização dos planos de desenvolvimento e zoneamento dos portos;

III -    definir diretrizes para a elaboração dos regulamentos de exploração dos portos;

IV -    aprovar a transferência de controle societário ou de titularidade de contratos de concessão ou de arrendamento, previamente analisados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários - Antaq;

V -     aprovar a realização de investimentos não previstos nos contratos de concessão ou de arrendamento, previamente analisados pela Antaq;

VI -    conduzir e aprovar, sempre que necessários, os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental do objeto da concessão ou do arrendamento; e

VII -   aprovar e encaminhar ao Congresso Nacional o relatório de que trata o § 5º do art. 57 da Lei nº 12.815, de 2013.

Governo publica regulamentação da Lei dos Portos

RedacaoT1

Decreto foi publicado no ‘Diário Oficial’ da União desta sexta-feira (28). Lei estabelece um novo marco regulatório para o setor.

Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo

O governo federal publicou no “Diário Oficial” da União desta sexta-feira (28) o decreto que regulamenta a Lei dos Portos, sancionada no início de junho pela presidente Dilma Rousseff, estabelecendo um novo marco regulatório para o setor.

“Este Decreto regulamenta o disposto na Lei no 12.815, de 5 de junho de 2013, e as demais disposições legais que regulam a exploração de portos organizados e de instalações portuárias.

O poder concedente será exercido por intermédio da Secretaria de Portos da Presidência da República”, diz.

Relatório do BC mostra inflação ainda indócil

Valor Econômico - 28/06/2013

O Relatório de Inflação do Banco Central de junho ratifica as perspectivas do Comitê de Política Monetária e indica a continuidade do aperto monetário nos próximos meses. Os juros continuarão subindo porque a demanda doméstica, ainda robusta, dá sustentação a uma inflação que insiste em não se afastar do teto da meta. "No curto prazo, a inflação em doze meses ainda apresenta tendência de elevação e o balanço de riscos para o cenário prospectivo se apresenta desfavorável", aponta o relatório, em coro com a ata do Comitê de Política Monetária.

O Banco Central reviu sua projeção para o crescimento. O Produto Interno Bruto fechará o ano em 2,7%, ante uma projeção anterior de 3,1%. O desempenho da indústria será inferior ao inicialmente previsto, com avanço no ano de 1,2% (era 2,3%). Igual comportamento deverá ser observado no setor de serviços, que evoluirá 2,6%, 0,5 ponto percentual a menos que na estimativa anterior, de 3,1%. A agricultura vai no caminho contrário e pode crescer 8,4% (antes, 6%).

Dólar interrompe sequência de quedas e fecha em alta de 0,3%

Autor(es): Wellton Máximo
Agência Brasil - 27.06.2013

Brasília – Depois de cair por quatro sessões seguidas, a moeda norte-americana reverteu a tendência e fechou em alta. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (27) vendido a R$ 2,1959, alta de 0,3%. Diferentemente de outros dias, o Banco Central não interveio no câmbio, vendendo dólares no mercado futuro. A cotação permeneceu em queda durante quase toda a sessão. Por volta das 10h45, a moeda norte-americana caiu para R$ 2,1768, na mínima do dia. O câmbio, no entanto, começou a subir nas horas seguintes e acelerou a alta depois das 16h.

Apesar da alta de hoje, o câmbio não ultrapassou a barreira de R$ 2,20. Na última quinta-feira (20), o dólar comercial fechou em R$ 2,258, maior valor desde 1º de abril de 2009. Há um mês, o mercado financeiro global enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Fed, o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta.

A instabilidade agravou-se depois de Ben Bernanke, presidente do Fed, ter declarado, há uma semana, que a instituição pode diminuir a compra de ativos até o fim do ano, caso a economia dos Estados Unidos continue a se recuperar. Se a ajuda diminuir, o volume de moeda norte-americana em circulação cai, aumentando o preço do dólar em todo o mundo.

Exportador traz dólar mantido no exterior

Valor Econômico - 27/06/2013

Em meio à perspectiva de um fluxo menor de dólares neste ano já começa a ser discutida no mercado a possibilidade de o governo reduzir o prazo durante o qual as empresas podem manter lá fora as receitas de suas exportações - ou até mesmo o volume permitido. Atualmente, as companhias podem esperar até 750 dias para liquidar os contratos de exportação (a partir da data de contratação da operação) e podem manter até 100% das receitas no exterior durante esse período. "O governo poderia reduzir gradualmente esse prazo para trazer parte dos recursos deixados lá fora para o Brasil, o que ajudaria a reduzir a pressão de alta do dólar", afirma Sidnei Nehme, diretor executivo da corretora NGO.

Com a alta do dólar, alguns exportadores aproveitaram para trazer parte dos recursos deixados lá fora. A diferença entre o volume de câmbio contratado para exportação e o montante efetivamente embarcado em 12 meses - um indicador de quanto de receita os exportadores podem estar mantendo no exterior - caiu de US$ 25,669 bilhões em abril para US$ 14,693 bilhões em maio. Não por acaso, o fluxo comercial no mês passado foi positivo em US$ 14,098 bilhões, maior saldo mensal de toda da série histórica do Banco Central.

O fator câmbio - CELSO MING

O Estado de S.Paulo - 27/06

A disparada da cotação da moeda estrangeira no câmbio interno passou a ser um dos maiores focos de inflação. Falta saber o tamanho dessa conta, que, afinal, será repassada para os brasileiros.

Um dólar mais caro, é fácil entender, aumenta em reais os preços dos produtos importados e as dívidas em moeda estrangeira. Mas há um número considerável de itens aqui produzidos e também consumidos internamente que são cotados em dólares. São, em geral, as commodities, mercadorias cujos preços são formados em dólares no mercado internacional, como soja, milho, café, alumínio, cobre e fertilizantes.

Sempre tem gente que estranha explicações de que os preços dos ovos e da carne de frango ou de porco estejam subindo em consequência da alta do dólar. No entanto, frango e porco são organismos vivos que transformam proteína vegetal (soja e milho, principais componentes das rações animais) em proteína animal. Como soja e milho são commodities cotadas em dólares na Bolsa de Chicago, lá vai o câmbio para os preços da omelete, do frango assado e da linguiça.

China reclama de excesso de medidas antidumping contra seus produtos

De Genebra - A China, maior parceiro comercial do Brasil, questionou o país sobre a existência, ou não, de orientação especial para impor, com tanta frequência, sobretaxas contra seus produtos e pediu para o governo brasileiro reconhecer, na prática, Pequim como economia de mercado.

Atualmente, 35% das medidas antidumping no Brasil atingem importações originárias da China. E a queixa chinesa no exame da política comercial brasileira, encerrado ontem na Organização Mundial do Comércio (OMC), pode aumentar. No segundo semestre, o país concluirá investigações que levarão a mais sobretaxas, atingindo também mais produtos chineses.

Em plenário, a China fez elogios ao Brasil durante o exame. Mas foi também, discretamente, o parceiro que mais inundou o país de questionamentos por escrito, com 99 perguntas, comparado a 57 dos EUA e 98 da União Europeia, conforme o Valor apurou nas 331 páginas de respostas brasileiras aos parceiros.

Pequim reclamou que o Brasil oficialmente reconhece a China como economia de mercado, mas que, na prática, continua aplicando medidas antidumping e abrindo investigações baseadas em preço alternativo de terceiros países - o que eleva a margem de dumping. Segundo os chineses, isso dificulta ainda mais a defesa de suas empresas, que diz serem submetidas a tratamento injusto.

A responsabilidade necessária - EDITORIAL O ESTADÃO

O Estado de S.Paulo - 27/06

Cinismo ou desfaçatez talvez sejam as expressões mais adequadas para os contribuintes atentos, que acompanham as lambanças contábeis que o governo vem praticando há dois anos e meio, se referirem à proposta feita pela presidente Dilma Rousseff de se "construir", como ela disse, um pacto pela responsabilidade fiscal. Não há nenhuma necessidade de pacto para se assegurar a gestão rigorosa das finanças do governo, de acordo com o interesse público. Nesse campo, o País necessita, isto sim, é que o governo chefiado pela autora da proposta comece, afinal, a praticar a responsabilidade fiscal de maneira clara, sem subterfúgios ou artimanhas que desmoralizam suas políticas na área financeira e corroem a imagem da economia brasileira no exterior, tornando ainda mais difícil para o País amortecer o impacto da crise mundial.

A responsabilidade fiscal é, de fato, necessária "para garantir a estabilidade da economia e o controle da inflação" e tornou-se "especialmente importante no momento atual, quando a prolongada crise econômica mundial ainda castiga, com volatilidade, todas as nações", como disse a presidente na reunião com governadores e prefeitos de capitais em que tentou responder aos anseios dos que saíram às ruas nos últimos dias. É o que têm dito analistas responsáveis e cada vez mais preocupados com os rumos, ou descaminhos, da política econômica do governo. E é do governo, não de um pacto envolvendo outras áreas, a tarefa de recolocar as coisas nos trilhos. O que o governo Dilma fez e continua a fazer com insistência, no entanto, é exatamente o contrário do que é necessário no momento.

Paraguai denuncia Mercosul diante de 157 países na OMC

Autor(es): Assis Moreira | De Genebra
Valor Econômico: 26.06.2013

O Paraguai resolveu denunciar sua suspensão do Mercosul diante dos demais 157 países-membros da OMC durante o exame da política comercial do Brasil, surpreendendo a diplomacia brasileira. O Valor apurou que a delegação do Paraguai partiu para o ataque já na segunda-feira, acusando de "ilegal" a medida adotada pelo bloco, o que significaria que todas as decisões tomadas depois do episódio não têm efeito.

Para o governo do Paraguai, a adesão da Venezuela às elevações de tarifas no Mercosul não são legítimas. O governo brasileiro reagiu ontem - o diretor do departamento econômico do Itamaraty, Paulo Estivallet de Mesquita, disse que a suspensão do Paraguai no Mercosul foi adotada por unanimidade pelos presidentes "depois da ruptura da ordem democrática" naquele país.

O Paraguai resolveu denunciar sua suspensão no Mercosul diante dos demais 157 países-membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), durante o exame da política comercial do Brasil, ilustrando o racha no bloco e surpreendendo a diplomacia brasileira. O Valor apurou que a delegação do Paraguai partiu para o ataque já na segunda-feira, acusando de "ilegal" a medida adotada pelo bloco, o que significaria que todas as decisões que foram tomadas depois do episódio não teriam efeito.

Revisão da política comercial do Brasil na OMC

MRE - 26.06.2013

Encerrou-se hoje, 26 de junho, a sexta revisão da política comercial do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC).
A revisão da política comercial é um exercício regular ao qual se submetem todos os membros da OMC. A frequência com que ocorrem as revisões depende da participação de cada Membro no comércio mundial. No caso do Brasil, as revisões ocorrem a cada quatro anos.

O objetivo da revisão é aumentar a transparência e a compreensão mútua dos Membros sobre as respectivas políticas comerciais e contribuir para o debate do público e dos Governos a respeito do alcance e dos efeitos daquelas políticas.

A revisão abrange a elaboração de relatórios pelo Secretariado da OMC e pelo Governo, a apresentação de perguntas escritas e orais e o debate ao longo de dois dias. O Brasil recebeu cerca de 800 perguntas sobre os mais variados temas: desempenho macroeconômico, infraestrutura, defesa comercial, tributação, licenciamento de importações. Esse número é semelhante ao da revisão anterior, realizada em 2009. 43 delegações intervieram no debate oral.

Nesta revisão, os Membros reconheceram o potencial de desenvolvimento e o desempenho econômico do Brasil, assim como suas realizações nos últimos quatro anos. O Brasil foi elogiado pela forma como enfrentou a crise econômica global, em boa medida em função de políticas macroeconômicas sólidas. Congratularam o Brasil pelos avanços na diversificação de seu comércio exterior. Também foram elogiadas as melhorias nos indicadores sociais, inclusive no alívio à pobreza, a redução na desigualdade de renda e no desemprego nesse período.

Em seus comentários finais, o Presidente da Sessão, Choi Seokyoung, enumerou áreas da política comercial brasileira em que os membros vislumbram possibilidade de aperfeiçoamento, como tarifas, outros encargos que afetem as importações, procedimentos aduaneiros e licenciamento de importações, mecanismos de estímulo e programas de crédito, compras governamentais, propriedade intelectual, agricultura, investimentos e serviços.

Concluding remarks by the Chairperson

1. This sixth Trade Policy Review of Brazil has provided an excellent opportunity to improve our understanding of Brazil trade and investment policies. I would like to thank Ambassador Paulo Estivallet de Mesquita, Director-General of the Economic Department at the Brazilian Ministry of External Relations, Minister-Counsellor Marcia Donner Abreu of the Permanent Mission of Brazil to the WTO, and the rest of the large Brazilian delegation, for their constructive engagement throughout this exercise. I would also like to thank Ambassador CHOI, Permanent Representative of the Republic of Korea to the WTO, for his intervention as discussant. Brazil's written answers to the over 800 written questions have been well appreciated by Members and we look forward to Brazil's replies to the additional questions submitted today, no later than one month after this meeting.

Senado aprova projeto que transforma corrupção em crime hediondo

Autor(es): Mariana Jungmann
Agência Brasil - 26.06.2013
Brasília - O plenário do Senado aprovou hoje (26) projeto de lei que inclui as práticas de corrupção ativa e passiva, concussão, peculato e excesso de exação na lista dos crimes hediondos. Com isso, as penas mínimas desses crimes ficam maiores e eles passam a ser inafiançáveis. Os condenados também deixam de ter direito a anistia, graça ou indulto e fica mais difícil o acesso a benefícios como livramento condicional e progressão do regime de pena. O projeto agora segue para a Câmara.
O autor do projeto, senador Pedro Taques (PDT-MT), justifica que esses crimes são delitos graves praticados contra a administração pública que “violam direitos difusos e coletivos e atingem grandes extratos da população”. “É sabido que, com o desvio de dinheiro público, com a corrupção e suas formas afins de delitos, faltam verbas para a saúde, para a educação, para os presídios, para a sinalização e construção de estradas, para equipar e preparar a polícia, além de outras políticas públicas”, diz o autor do projeto.
O texto original de Taques, contudo, previa a qualificação como hediondo apenas para os crimes de corrupção ativa e passiva e de concussão (obter vantagem indevida em razão da função exercida). O relator do projeto, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), incluiu em seu parecer também os crimes de peculato (funcionário público que se apropria de dinheiro ou bens públicos ou particulares em razão do cargo) e excesso de exação (funcionário público que cobra indevidamente impostos ou serviços oferecidos gratuitamente pelo Estado).
“Sem a inclusão do peculato e do excesso de exação, a proposição torna o sistema penal incoerente, pois não há razão justificável para considerar crimes hediondos a corrupção e a concussão e não fazê-lo em relação ao peculato e ao excesso de exação”, alega Dias.
O relator também acatou emenda do senador José Sarney (PMDB-AP) para incluir homicídio simples na categoria de crimes hediondos. Sarney alegou que um crime praticado contra a vida está entre os mais graves e não poderia ficar fora da lista.
Foi aprovada ainda emenda do senador Wellington Dias (PT-PI) que aumenta a pena do crime de peculato em até um terço quando ele for considerado qualificado, ou seja, cometido por autoridades e agentes políticos.
Edição: Fábio Massalli

Dólar fecha abaixo de R$ 2,20 pela primeira vez em uma semana

Autor(es): Wellton Máximo*
Agência Brasil - 26/06/2013

Brasília – Em um dia sem intervenções do Banco Central, o dólar voltou a cair pela quarta sessão consecutiva. A moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 2,1894, com queda de 1,02%. Foi a primeira vez, desde o dia 19, que o câmbio fechou abaixo de R$ 2,20.
A moeda operou em baixa durante todo o dia. Por volta das 16h, chegou a atingir R$ 2,1865, o menor valor registrado no dia, mas desacelerou a queda nos minutos finais da sessão. Hoje, o Banco Central não fez operações de venda de dólares no mercado futuro como nos últimos dias.
Na última quinta-feira (20), o dólar comercial fechou em R$ 2,258, maior valor desde 1º de abril de 2009. Há um mês, o mercado financeiro global enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Fed, o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta.
A instabilidade agravou-se depois de Ben Bernanke, presidente do Fed, ter declarado, há uma semana, que a instituição pode diminuir a compra de ativos até o fim do ano, caso a economia dos Estados Unidos continue a se recuperar. Se a ajuda diminuir, o volume de moeda norte-americana em circulação cai, aumentando o preço do dólar em todo o mundo.
Desde ontem (25), no entanto, o ambiente externo melhorou depois de membros do Fed terem indicado que não reduzirão as injeções de dólares tão cedo. Além disso, o Banco Central chinês acalmou os investidores quanto a uma eventual crise de liquidez no país, garantindo sua intenção de intervir, se for necessário.
* Com informações da Agência Lusa
Edição: Nádia Franco

Petrobras realoca equipamentos para o Comperj

RIO - A Petrobras está transportando do Porto do Rio para um depósito na praia da Ribeira, na Ilha do Governador, cerca de 7 mil toneladas de equipamentos importados destinados ao Complexo Petroquímico do Rio de janeiro (comperj), em construção em Itaboraí, região Metropolitana do Rio. O transporte dos materiais está sendo feito por meio de balsas.

Os equipamentos estavam armazenados no Porto do Rio desde agosto de 2011 quando chegaram ao Brasil. Eles não puderam seguir para o Comperj porque descobriu-se que as rodovias não comportavam os aparelhos de maior porte e peso, como geradores comprados na Itália que pesam cerca de 1.050 toneladas cada.

A Petrobras informou apenas que a mudança se deveu à falta de interesse na renovação do contrato de armazenamento no Porto do Rio. Os equipamentos serão transportados via marítima até São Gonçalo e depois pela rodovia até o Comperj.

Para isso, depois de muitos atrasos para obtenção das licenças ambientais, a Petrobras está construindo um píer na Praia da Beira, na ilha de Itaóca, em São Gonçalo e uma rodovia rodovia até o Comperj, de 18 quilômetros. As obras foram iniciadas em dezembro do ano passado e a previsão de ficarem prontas em 2014, segundo a companhia.

Segundo a petrolífera, após o uso da rodovia para o transporte dos equipamentos, a mesma será entregue à prefeitura de São Gonçalo, mas a estatal terá prioridade em seu uso durante dez anos.

A Petrobras não informa o custo dessas obras específicas, mas o complexo todo está com cerca de 53% das obras concluídas e já consumiu US$ 12,9 bilhões. Por vários problemas operacionais, entre eles o transporte dos equipamentos, o complexo teve sua entrada em operação atrasada de 2014 para 2016.

Fonte:Agência Estado

Empresas sugerem ampliar benefícios concedidos pela chamada "Lei do Bem"

O Ministério da Ciência e Tecnologia realizou ontem um novo esforço para impulsionar os investimentos das empresas em pesquisa, desenvolvimento e inovação. A intenção da pasta, que segue diretriz da presidente Dilma Rousseff de elevar a competitividade do Brasil, é aumentar o número de companhias que acessam os benefícios da chamada Lei do Bem. Em outra frente, o ministério tenta abrir um canal de diálogo com o setor produtivo para a discussão de melhorias na própria Lei do Bem e em outras propostas que tratam do setor e estão em debate no Executivo e no Congresso.

A Lei do Bem entrou em vigor em 2005, concedendo deduções de Imposto de Renda, CSLL, IPI e outros incentivos como a depreciação acelerada de bens relacionados aos projetos de inovação. Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia, tais benefícios podem gerar uma economia total de 14,4% a 34% nos gastos das empresas com pesquisa e desenvolvimento. Mesmo assim, a pasta encerrou 2011 com apenas 767 empresas beneficiárias, principalmente dos setores automotivo, petróleo e petroquímico, materiais elétricos, máquinas e produtos farmacêuticos. Os dados de 2012 ainda não foram fechados.

Royal Air Maroc inicia voos para o Brasil em dezembro

Companhia aérea marroquina fará a rota Casablanca-São Paulo, com três saídas semanais entre as cidades. Voo inaugural acontece dia 20. Avião usado será um Boeing 767-300ER.

Câmara rejeita PEC 37 por 430 votos contra 9

Valor Econômico - 26/06/2013

Pressionada pelas manifestações populares, a Câmara dos Deputados rejeitou ontem, por 430 votos a 9, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, que impediria o Ministério Público de fazer investigações criminais, tornando a atividade exclusiva das polícias civil e federal. A rejeição da PEC era uma das diversas demandas recentes das ruas do país.
Todos os partidos encaminharam seus deputados no sentido de que rejeitassem a PEC. Mesmo que, com isso, a maior parte alterasse o entendimento que tinham sobre o texto até as manifestações. Antes, a tendência era de aprovação da PEC 37. Isso é possível verificar pela tramitação da proposta na Casa, considerada rápida ao levar em conta outras propostas de emenda constitucional.
O autor, deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), apresentou-a em junho de 2011 e obteve apoio de 207 deputados. Por exemplo, 33 do PMDB, 32 do PT, 20 do PSDB, 15 do PR, 13 do DEM e 4 do PPS. Seis meses depois ela era aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com parecer favorável por sua admissibilidade, de autoria do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). Sete deputados foram contra. Quase um ano depois, em 21 de novembro de 2012, a comissão especial que analisava a PEC também aprovou o mérito do texto, só que com uma breve flexibilização favorável ao Ministério Público. Mas que deixou claro seu caráter "subsidiário" nas investigações criminais. O relator ali foi o deputado Fábio Trad (PMDB-MS) e o texto foi aprovado por 14 votos contra 2.

SP detalha regras para adesão ao PEP do ICMS

Autor(es): Laura Ignacio
Valor Econômico - 25.06.2013



Contribuintes paulistas têm novos detalhes sobre os procedimentos necessários para incluir débitos de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Programa Especial de Parcelamento (PEP). Essas regras constam da Resolução Conjunta da Secretaria da Fazenda e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) nº 3, publicada nesta terça-feira no Diário Oficial estadual.
Pelo PEP, o contribuinte de ICMS em São Paulo pode quitar débitos do imposto decorrentes de fatos geradores ocorridos até 31 de julho de 2012.
A nova norma considera a prorrogação do prazo para adesão ao  PEP - de 31 de maio para 31 de agosto - para quem vai migrar saldo remanescente de outros parcelamentos para o programa. Também determina o passo a passo para o contribuinte que quer usar créditos de ICMS acumulados ou valor de ressarcimento a receber do Fisco para quitar débitos pelo PEP.

MG enrijece regras sobre cancelamento de NF-e

Autor(es): Laura Ignacio
Valor Econômico - 25.06.2013

O governo de Minas Gerais alterou o regulamento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado para tornar mais rígidas as regras relativas ao cancelamento de nota fiscal eletrônica (NF-e). As mudanças foram instituídas pelo Decreto nº 46.261, publicado no Diário Oficial do Estado desta terça-feira.
Segundo o regulamento, se a empresa cancelar, após o prazo de 168 horas contado do momento da concessão de Autorização de Uso do documento fiscal eletrônico relativo à operação ou prestação não ocorrida, deve pagar multa de 20% do valor da operação ou da prestação ao Fisco.
Em prazo não superior a 24 horas após a concessão de Autorização de Uso da NF-e, a empresa que emitiu a nota poderá solicitar seu cancelamento, desde que não tenha havido a circulação da respectiva mercadoria ou prestação de serviço.
O cancelamento da NF-e será efetuado mediante Pedido de Cancelamento de NF-e, transmitido via internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia, à Secretaria de Estado de Fazenda.
O cancelamento da NF-e, após 24 horas e antes de 168 horas contadas do momento da concessão de Autorização de Uso da NF-e, será considerado válido. Porém, deve ser observado o procedimento estabelecido por Portaria da Superintendência de Arrecadação e Informações Fiscais (SAIF) da Secretaria da Fazenda.
Em relação a quem recebe a NF-e cancelada também mudaram as regras. Antes, o RICMS mineiro só dizia que a recusa ou devolução do recebimento das mercadorias deveria ser registrada com a assinatura eletrônica do destinatário desses produtos.
Agora, o destinatário deve confirmar a ocorrência da operação descrita na NF-e e o recebimento da mercadoria. No caso de operação não realizada, ele deve declarar que a operação descrita na nota fiscal foi por ele solicitada, mas que não se efetivou. E se a operação não foi solicitada, ele deve informar ao Fisco também.
Com informações da Lex Legis Consultoria Tributária

Banco Central retira compulsório sobre posição vendida de câmbio

Autor(es): Wellton Máximo
Agência Brasil - 25.06.2013
Brasília – Os bancos deixarão de recolher ao Banco Central (BC) parte dos valores aplicados em apostas de que o dólar vai cair. A autoridade monetária eliminou o compulsório sobre a posição vendida de câmbio. De acordo com o órgão, a medida aumentará a oferta de dólares no mercado futuro, aliviando a pressão sobre a moeda norte-americana registrada nas últimas semanas.
A medida só valerá a partir da publicação no Diário Oficial da União, cuja data ainda não foi anunciada. O BC, no entanto, definiu que o período de cálculo dos valores a serem recolhidos começará em 1º de julho.
Desde janeiro de 2011, os bancos são obrigados a depositar no BC parte da posição vendida no mercado cambial, que representam as apostas na queda da moeda norte-americana. Em dezembro do ano passado, o compulsório correspondia a 60% sobre a posição vendida superior a US$ 3 bilhões.
O compulsório, no entanto, terá pouco efeito prático. Isso porque, até o último dia 19, os bancos estavam comprados em US$ 4,473 bilhões, segundo os dados mais recentes divulgados pelo BC. Em vez de apostarem na queda do dólar, as instituições financeiras estão apostando na alta da moeda norte-americana, na posição comprada de câmbio.

Com melhora no humor externo, dólar cai 0,7%

Brasil Econômico - 25.06.2013

O movimento foi influenciado pelo BC da China, que procurou afastar preocupações sobre o aperto de crédito no país.
O dólar recuou ante o real pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira (25/06), em meio a uma melhora do humor nas praças financeiras internacionais depois que declarações de autoridades do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, aliviaram temores sobre o fim do programa de estímulo do país.
A moeda americana recua 0,7% frente o real, cotada a 2,2119 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume negociado ficou em torno de US$ 500 milhões.
O movimento foi influenciado também por comentários de autoridades chinesas, que procuraram arrefecer preocupações sobre o aperto de crédito no país, o que havia causado forte aversão a risco nos mercados globais na véspera.
A divisa dos Estados Unidos operou em queda em relação à moeda brasileira durante toda a sessão e, na mínima do dia, chegou a cair 1,03 por cento, para 2,2046 reais.
"O dólar já mudou a tendência na véspera por conta de declarações de membros do Fed, que aparentemente ficaram muito preocupados com a reação do mercado após o Bernanke", disse o consultor de pesquisas econômicas do Banco Tokyo-Mitsubishi Mauricio Nakahodo.
"Mas o mercado vai continuar volátil, reagindo a indicadores e declarações de autoridades", acrescentou.
Os mercados globais ficaram muito avessos a risco na semana passada após o chairman do Fed, Ben Bernanke, indicar que o programa de estímulo monetário do banco poderia ser reduzido ainda neste ano e encerrado em meados de 2014 se a recuperação da economia norte-americana se confirmar.
No entanto, o sentimento dos investidores melhorou depois que o presidente do Fed de Dallas, Richard Fisher, afirmou na véspera que o banco vai conduzir uma política expansionista mesmo se reduzir seu estímulo.
"Chegou a turma do apaga-incêndio", afirmou o economista da corretora H. Commcor Waldir Kiel. "Aqui, no cenário interno, o mercado está sobrecomprado (em dólares), então bastou um movimento contrário para desarmar essas posições de compra".

Resolução estabelece as especificações dos Querosenes de Aviação Alternativos

RESOLUÇÃO ANP Nº 20, DE 24 DE JUNHO DE 2013
DOU 25/06/2013

          RESUMO: Estabelece as especificações dos Querosenes de Aviação Alternativos, e de suas misturas com o Querosene de Aviação (QAV-1), contidas no Regulamento Técnico ANP nº 01/2013, parte integrante desta Resolução, bem como as obrigações quanto ao controle da qualidade a serem atendidas pelos diversos agentes econômicos que comercializam esses produtos em todo o território nacional.

ver a resolução no DOU clique aqui

Países ricos atacam protecionismo do Brasil

RENATA AGOSTINIDE BRASÍLIAFOLHA DE SÃO PAULO - 25.06.2013

A política comercial brasileira foi alvo de fortes críticas ontem por parte de alguns dos principais parceiros comerciais do país em reunião na OMC (Organização Mundial do Comércio), na Suíça.
EUA, União Europeia e Japão apontaram a burocracia, a alta carga tributária e as "profundas" exigências de conteúdo local feitas pelo país como entraves ao comércio multilateral.
O discurso mais duro veio do bloco europeu, para quem o Brasil está "determinado a perseguir uma política industrial cada vez mais protecionista". Os europeus acusaram o país de subsidiar produtores locais com medidas de taxação indireta como os regimes tributários especiais.
Os países-membros estão reunidos para examinar o novo relatório da OMC sobre a política comercial brasileira.
O documento, revisado a cada quatro anos, descreve a situação econômica do país e sua política comercial.
Apesar de dar destaque ao desempenho positivo da economia brasileira, com média de crescimento de 3,6% entre 2007 e 2012, a organização assinala que a desaceleração verificada a partir de meados de 2011 pode ser creditada apenas "parcialmente" ao novo cenário global.
Segundo a OMC, o avanço tímido do PIB reflete a infraestrutura inadequada, o acesso insuficiente ao crédito e o alto peso dos impostos.
A organização pontuou ainda que o Brasil faz uso "significativo" de medidas de proteção comercial.
No período analisado, o número de investigações sobre dumping --quando um produto é vendido com preço mais alto do praticado no país de origem-- foi recorde.

As medidas de defesa são permitidas pela OMC, mas seu uso excessivo é criticado.

BC vende dólares no mercado futuro

Autor(es): Kelly Oliveira*
Agência Brasil - 25.06.2013
Brasília - O Banco Central (BC) fez hoje (25) uma intervenção no mercado de câmbio. O BC fez um leilão de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, anunciado ontem.
Foram ofertados 66,6 mil contratos, com duas datas de vencimento: 1º de outubro e 1º de novembro deste ano. No caso da primeira data, foram negociados 49 mil, com valor de US$ 2,437 bilhões. Para novembro, foram US$ 819,4 milhões, com 16,5 mil contratos negociados.
Ontem, a moeda norte-americana fechou em baixa, em um dia sem intervenções do BC. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 2,2276, com queda de 0,75%. Foi a segunda sessão seguida em que o dólar cai.
* Colaborou Wellton Máximo
Edição: José Romildo

Aquém do possível - MIRIAM LEITÃO

O GLOBO - 25/06

Reforma política, como a reforma tributária, é aquilo que todo mundo é a favor, mas cada pessoa tem uma proposta diferente. Um plebiscito para decidir se deve haver uma constituinte exclusiva para isso pode ser uma boa ideia. O que não é bom é chamar os governadores para dizer que "antes o país era governado apenas para um terço dos brasileiros". Isso ofende a oposição e os fatos.

A presidente herdou do seu antecessor a convicção equivocada de que o Brasil começou em 2003. Houve avanços importantes na inclusão de brasileiros nos governos petistas. Mas qualquer pessoa que acompanhou os fatos recentes sabe que o processo de inclusão no mercado de consumo foi iniciado, e se tornou possível, a partir da estabilização da economia em 1994/1995. Pacto se faz costurando coincidências de pensamentos e propostas comuns, e não lembrando mais uma vez o que separa. Isso é que dá submeter todos os pronunciamentos que faz ao marqueteiro. Este não é momento de campanha.

A população está nas ruas num momento difícil da economia. Não por culpa das manifestações. A economia está complicada por fatores externos e os erros cometidos na condução da política econômica. O dólar ontem caiu pelo segundo dia seguido, mas ainda acumula um ganho de 10% em um mês.

A bolsa continuou caindo ontem e fechou com -2,3%, na casa dos 45 mil pontos. O nível mais baixo desde abril de 2009. A desaceleração da China atinge a Vale que, como exportadora, poderia até se beneficiar da alta do dólar; a disparada da moeda americana atinge todas as empresas endividadas em dólar, mas mais ainda a Petrobras, que tem o ônus de pagar pela gasolina importada um preço cada vez maior.

O dólar subiu diante da maioria das moedas. Subiu mais no Brasil por dificuldades econômicas, como o déficit em conta corrente de 3,2% do PIB. A presidente Dilma falou em pacto pela estabilidade fiscal. Primeiro, será necessário desmontar a alquimia que faz com que números não correspondam aos fatos. Os indicadores de dívida pública e superávit primário perderam consistência. A estabilidade fiscal precisa, antes de tudo, de números compreensíveis e verificáveis.

Tornar a corrupção dolosa um crime hediondo é um gesto forte, mas o combate a esse mal tem que ser diário, e a maior arma contra ele sempre será a transparência. Nesse ponto, a pauta das ruas coincide com o programa de governo, se ele for implementado. Ninguém sabe ao certo como são calculadas as tarifas públicas. Elas são uma caixa preta deliberada ou se tornaram tão complexas que é difícil entender os valores arbitrados pelo poder concedente. Portanto, essa é uma tarefa de todas as instâncias governamentais, porque há serviços concedidos pelo governo federal e pelos estados e municípios.

A defesa da presidente da Lei de Acesso à Informação é outra boa notícia. Pena que o BNDES não se submeta a ela. Com a alegação universal de que é detentor de sigilo bancário, o banco não presta nem ao Ministério Público as informações que deveriam estar oferecendo espontaneamente ao distinto público. Como o BNDES é uma máquina de usar dinheiro caro captado pelo Tesouro e oferecer dinheiro barato às empresas, ele é o centro da distribuição de renda para a elite do empresariado brasileiro. É ele que financia os gastos da Copa. É o banco que garante a construção das hidrelétricas, principalmente a mais polêmica delas, Belo Monte.

A constituinte exclusiva para a reforma política já foi defendida por outros, como o deputado Miro Teixeira. Ela tem chances de desatar o nó na qual se perdem todas as propostas de reformas. Melhor ainda se for precedida de uma consulta popular para ver se é ou não o caso de fazê-la. Na economia, no entanto, as propostas da presidente ficaram aquém do esperado e desejável.

África do Sul multa construtoras por fraudes em estádios da Copa

Valor Econômico - 25/06/2013

A Comissão de Competição, órgão antitruste da África do Sul, multou ontem 15 empreiteiras do país num valor total de US$ 140 milhões após uma investigação sobre conluio envolvendo contratos de construção dos estádios para a Copa do Mundo de 2010.
A comissão investigou durante quase quatro anos 140 projetos nos setores público e privado e chegou a um acordo com 15 de 18 empresas, anunciaram membros do órgão. Fizeram parte da investigação a construção ou expansão de seis estádios, incluindo o da Cidade do Cabo, com capacidade para 68 mil espectadores, que custou cerca de US$ 450 milhões.
O Congresso Nacional Africano, partido governista, disse que o órgão antitruste deveria agora ampliar suas investigações. Em comunicado, um porta-voz afirmou que a Comissão de Competição deveria iniciar um processo "para incluir outros setores, de modo a se fazer uma avaliação completa da extensão do problema de conluio e fraudes em licitações".
"É a maior multa coletiva" dada a empresas na África do Sul, disse Shan Ramburuth, o presidente da comissão. "A indústria tem a oportunidade de seguir num caminho mais competitivo para o bem de todos nós e da própria indústria."
"A multa é um pouco menor do que o mercado estava esperando", disse Anashrin Pillay, analista da Stanlib Asset Management. Segundo ele, havia a "preocupação de que as empresas não fossem capazes de pagar sem comprometer o seu balanço". Para Pillay, a conclusão do processo foi um "alívio" para as empresas, já que o veredito pairava ameaçadoramente sobre o setor há algum tempo.
De acordo com o ministro do Desenvolvimento Econômico, Ebrahim Patel, os reguladores antitruste identificaram 300 casos de comportamento irregular ou ilegal por companhias que venceram contratos num valor total aproximado de US$ 4,7 bilhões. Patel disse que as fraudes para combinar preços afetaram contratos tanto do setor público como do privado.

Guerra fiscal: agora é a vez do Senado

Autor(es): Denis C. M. Maciel
Valor Econômico - 25/06/2013


O tema da guerra fiscal entre os Estados tem sido abordado na mídia sob duas perspectivas, que ora priorizam seus aspectos negativos, ora enfatizam sua utilização como alternativa à ausência de políticas nacionais de desenvolvimento regional.
Conforme já amplamente divulgado, os Estados têm utilizado os benefícios fiscais do ICMS para estimular o crescimento da indústria local e compensar suas desvantagens competitivas. A decisão de instalação de uma empresa envolve a análise de diferentes características do local, como as condições de infraestrutura logística, acesso à cadeia de suprimentos (fornecedores), a estrutura de custos, a disponibilidade de mão de obra qualificada, o acesso a mercados consumidores etc. A concessão de benefícios fiscais procura interferir no processo de decisão de alocação do investimento privado, como forma de compensar o afastamento da empresa da localização ótima conforme os quesitos mencionados.

Camex anuncia redução do Imposto de Importação para máquinas e equipamentos industriais

MDIC - 24/06/2013
Camex reduz Imposto de Importação para máquinas e equipamentos industriais
Brasília (24 de junho) – A Câmara de Comércio Exterior (Camex) concedeu redução de Imposto de Importação de 14% e 16% para 2%, até 31/12/2014, para 193 máquinas e equipamentos industriais sem produção no Brasil. A redução, sob o regime de ex-tarifário, visa incentivar investimentos, possibilitar o aumento da inovação tecnológica e gerar empregos em diferentes segmentos da economia.
A redução de alíquotas entrou hoje em vigor com a publicação da Resolução Camex n°46/2013, com a lista de 182 ex-tarifários para bens de capital (165 novos e 17 renovações) e da Resolução Camex n°45/2013, com 11 novos ex-tarifários para bens de informática e telecomunicação. Com a publicação das duas novas Resoluções Camex, o número de ex-tarifários concedidos este ano chega a 1.710.
Os investimentos globais e os investimentos relativos às importações de equipamentos vinculados aos ex-tarifários publicados hoje, são, respectivamente, de US$ 894 milhões e US$ 492 milhões. Os principais setores contemplados em relação aos investimentos globais, são os de construção civil (29,36%); de telecomunicações (18,28%); de serviços (10,87%); alimentício (7,00%); de mineração (4,49%); e o automotivo (4,42%).Os equipamentos beneficiados com a redução de alíquotas serão importados principalmente da China (31,92%); dos Estados Unidos (26,89%); da Itália (11,17%);da Alemanha (11,11%); e da Holanda (7,78%).
Entre os projetos beneficiados, destacam-se a implantação de uma indústria com capacidade para produzir inicialmente 750 mil toneladas por ano de cimento tipo Portland, no Paraná; e os investimentos na fabricação de 1 milhão de unidades por mês de telefones celulares e smartphones, em São Paulo; na prestação de serviços para exploração de petróleo e gás, no Rio de Janeiro; e para aumentar o beneficiamento e exportação de minério de ferro em Minas Gerais.

Camex altera a lista de exceções à TEC Mercosul

RESOLUÇÃO CAMEX Nº 47, DE 21 DE JUNHO DE 2013
DOU 24/06/2013

Altera a Lista Brasileira de Exceções à Tarifa Externa Comum do MERCOSUL.

          O PRESIDENTE DO CONSELHO DE MINISTROS DA CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR - CAMEX, no uso da atribuição que lhe confere o § 3º do art. 5º do Decreto nº 4.732, de 10 de junho de 2003, e com fundamento no inciso XIV do art. 2º do mesmo diploma legal, Considerando o disposto na Decisão nº 58/10 do Conselho Mercado Comum do MERCOSUL - CMC e na Resolução CAMEX nº 94, de 8 de dezembro de 2011, resolvead referendum do Conselho:

          Art. 1º Incluir na Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum, de que trata o Anexo II da Resolução CAMEX nº 94, de 8 de dezembro de 2011, os códigos 0713.33.19 0713.33.99 da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM, conforme descrição e alíquota do Imposto de Importação a seguir discriminadas:

NCM
PRODUTO
Alíquota (%)
0713.33.19
Outros
0
0713.33.99
Outros
0