Súditos ou cidadãos?

Autor(es): Guilherme Afif Domingos
O Estado de S. Paulo - 30/11/2012


Em artigo no Estadão do dia 22/11, o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega questiona a lei, aprovada recentemente pelo Congresso, que determina que os consumidores sejam informados, mediante estimativa constante da nota fiscal, do montante de impostos incidentes sobre os produtos que adquirem. Para o ex-ministro, "tal exigência não existe em lugar algum, pois seus custos superam os supostos benefícios". Argumenta, ainda, que a medida não teria influência no comportamento dos consumidores em relação à carga tributária. Ele também discute as dificuldades técnicas para a apuração da tributação e os custos dela decorrentes, mencionando ainda a possibilidade de que alguns possam "recorrer ao Judiciário para contestar o valor".
É lógico que, numa democracia com liberdade de imprensa, se podem levantar dúvidas e objeções em relação ao projeto aprovado, mas parece que o ex-ministro Mailson da Nóbrega exagerou e se equivocou nos argumentos contrários à transparência dos tributos.
Em grande parte dos países na zona do euro, o valor do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) é destacado separando o preço de produto do valor dos impostos. Nos Estados Unidos, os preços são mostrados sem o imposto e, depois do "plus tax", o preço total. Nesses países, a carga tributária sobre o consumo é bem menor. Aqui, no Brasil, o nosso IVA é o ICMS, que é calculado sobre um preço de produto que carrega, embutida e escondida, uma parafernália de tributos e taxas que oneram os produtos até chegarem ao consumidor.
O ex-ministro acenou com a possibilidade de que alguém questione na justiça o cálculo da tributação constante da nota fiscal. Ele considera que essa estimativa tem efeito fiscal e servirá para apuração do tributo a ser pago. É um argumento absurdo!
Quanto à opinião de que a transparência do tributo não terá nenhum impacto sobre o comportamento da população, ele subestima a inteligência do cidadão brasileiro que se manifestou a favor da exposição dos impostos na nota, com mais de 1,5 milhão de assinaturas de apoio ao projeto de lei que regulamentou o parágrafo 5.º do artigo 150, de minha autoria na Assembleia Nacional Constituinte.
Para apresentar esse projeto, quando presidente da Associação Comercial de São Paulo, procuramos, com a ajuda de especialistas, fazer o cálculo estimativo do valor dos impostos para informação do consumidor de forma simplificada.
Vários institutos e auditorias renomadas já vêm fazendo essas estimativas. As grandes cadeias de varejo e supermercados, por meio de suas entidades, foram consultadas e aprovaram a sistemática, muito simples para quem tem todos os seus sistemas informatizados.
No caso das micro e pequenas empresas, já se prevê a possibilidade do uso de tabelas, mas seria possível tornar voluntária sua adesão, com base no princípio do tratamento diferenciado, previsto no artigo 179 da Constituição, também de minha autoria.
Tenho certeza de que todos aderirão ao direito de serem informados sobre a tributação, previsto no texto constitucional, que visa a permitir o exercício pleno da cidadania, com o consumidor tendo clara a noção de contribuinte, com seus deveres e direitos. Muitos cidadãos humildes, por estarem isentos do Imposto de Renda e do IPTU, consideram que não pagam tributos e que os precários serviços públicos que recebem são um favor do Estado pelo qual têm de se mostrar agradecidos, em vez de exigirem seus direitos. Comportam-se como súditos.
Vamos assegurar a transparência da tributação e deixar que a população tome suas decisões com base nessas informações. O lema da campanha para a coleta de assinaturas em favor do projeto Pago, logo exijo significa o direito de saber o quanto paga de impostos e o direito de exigir o retorno compatível com esse pagamento.
Com nosso projeto aprovado e com a sanção da presidente Dilma, vamos transformar súditos em cidadãos.

Importação de gasolina pode chegar a 90 mil barris

Autor(es): SERGIO TORRES
O Estado de S. Paulo - 30/11/2012


Quantidade este mês é recorde e deve aumentar em dezembro, por causa das férias escolares e viagens de fim de ano

 
A ineficiência produtiva e as limitações das refinarias obrigaram a Petrobrás a importar neste mês, que hoje termina, de 88 mil a 90 mil barris de gasolina, revelou ontem a presidente da companhia, Graça Foster. A quantidade é recorde no ano, mas deverá ser superada em dezembro, na previsão da petroleira.
Dezembro é o mês em que sempre ocorre o crescimento do consumo de derivados, por causa do início das férias escolares e das viagens de fim de ano. Essa condição histórica preocupa a Petrobrás, que considera a possibilidade de haver problemas logísticos se o número de barrisimportados superar os 100 mil.
Após participar pela manhã do Encontro Nacional: Mulher, Ciência e Tecnologia, promovido no Rio pela Petrobrás e pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a Graça afirmou que espera para dezembro o aumento da importação ou, pelo menos, a estabilização das compras no exterior em torno de 90 mil barris. Ela evitou arriscar um número. A média deste ano, disse, é de 80 mil barris comprados no exterior todo mês.
"A tendência agora, férias, é ter um movimento bastante grande, né? Pode aumentar, sim. O consumo está sempre maior, sempre crescente. Até o final do ano a tendência é no mínimo ficar como está. Cair, não vai cair", disse ela em referência às importações até 31 de dezembro.
Graça reafirmou que não aguarda um reajuste dos combustíveis. Este ano, quando da confecção do Plano de Negócios 2012-2016, a companhia pediu 15% de aumento ao governo federal, seu principal controlador. A solicitação não foi atendida até agora. "Não tem previsão, não tem previsão", repetiu ela, para quem a Petrobrás, este ano, "está com as contas fechadas" e "muito bem com o caixa".
Investigação. Segundo a presidente, a companhia está à disposição do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados para explicar a compra este ano da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. "Somos uma empresa estatal, com atividades enormes. Sempre que convocados estaremos falando, explicando, justificando, demonstrando."
A refinaria americana custou US$ 1,18 bilhão, 28 vezes mais do que o pago em 2005 pela ex-proprietária, a trading Astra, da Bélgica. O negócio está sob suspeita da Comissão de Minas e Energia da Câmara, que quer acionar o TCU para auditar as contas da Petrobrás, como o Estado revelou ontem.

Carga tributária do país bate recorde: 35,31% do PIB

Autor(es): Cristiane Bonfanti
O Globo - 30/11/2012


No ano passado, arrecadação chegou a R$ 1,46 trilhão em impostos e contribuições, diz Receita Federal

BRASÍLIA A carga tributária bruta brasileira, soma de todos os impostos pagos por pessoas e empresas, bateu recorde e atingiu 35,31% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) em 2011, alta de quase dois pontos percentuais em relação ao ano anterior, quando ficou em 33,53%. Esse foi o segundo aumento consecutivo na carga tributáriabruta, segundo dados divulgados ontem pela Receita Federal. O recorde anterior havia sido registado em 2008, de 34,5% do PIB.
No ano passado, os governos federal, estaduais e municipais arrecadaram R$ 1,46 trilhão (descontando juros e multas) em impostos e contribuições, ante um PIB de R$ 4,14 trilhões. Isso significa que, a cada dia, incluindo sábados, domingos e feriados, os brasileiros despejaram nada menos que R$ 4 bilhões nos cofres do governo. Em 2010, a arrecadação foi de R$ 1,26 trilhão e o PIB, de R$ 3,77 trilhões.
De acordo com o Fisco, o maior volume de impostos e contribuições foi arrecadado pelo governo federal. A União foi responsável por R$ 1,02 trilhão ou 70,04% da receita total; estados 24,44% (R$ 357,50 bilhões) e municípios 5,52% (R$ 80,73 bilhões).
O secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Sérgio Gobetti, disse que, se fosse excluída a arrecadação das parcelas do Refis da Crise, a carga tributária teria ficado em 34,7% no ano passado - ainda assim, recorde. Ele acrescentou que o ritmo de expansão dacarga tem caído nos últimos anos, o que, a seu ver, reflete a política de desoneração tributáriaadotada pelo governo. Enquanto entre 1995 e 2002, a carga passou de 25% para 32,5%, nos últimos últimos nove anos, teve aumento de 2,8 pontos percentuais, para os atuais 35,3%.
Ante 2010, os tributos que registraram maiores variações positivas, medidas como percentual do PIB, foram Imposto de Renda, contribuição para a previdência social, contribuição social sobre lucro líquido, Cofins e FGTS. O governo divulgou também a carga tributária líquida: em 2011, ficou em 20,17% do PIB.
O coordenador-geral de Estudos Econômico-Tributários da Receita Federal, Othoniel Lucas de Souza, disse que a ampliação da carga se deve ao aumento na base de recolhimento.
Para o tributarista Ilan Gorin, embora não pareça exagerado o aumento da carga tributária na comparação com o PIB desde 2002, uma análise mostra que, somente quanto à arrecadação nominal de PIS e Cofins, Imposto de Renda de pessoas física e jurídica, e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido, o total arrecadado foi elevado em 92% acima da inflação em nove anos:
- A carga é obviamente elevada se comparada aos serviços que a população recebe.

Peso dos impostos sobre a economia bate recorde em 2011 e atinge 35,3% do PIB


Stênio Ribeiro e Wellton Máximo
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – Mais de um terço de tudo o que o Brasil produziu em 2011 foi para os cofres públicos. Segundo números divulgados hoje (29) pela Receita Federal, a carga tributária no ano passado correspondeu a 35,31% do Produto Interno Bruto (PIB), crescimento de 1,78 ponto percentual em relação a 2010, quando a carga havia atingido 33,53%, o maior percentual já registrado. Até agora, a maior carga tributária havia sido registrada em 2008, quando o percentual alcançou 34,54%.

O número corresponde à arrecadação da União, dos estados e municípios, dividida pelo PIB, que é a soma de tudo que é produzido no país. De acordo com a Receita Federal, o crescimento da carga tributária resultou da combinação do crescimento de 2,7% do PIB no ano passado e da expansão real (descontada a inflação) de 8,15% da arrecadação tributária nos três níveis de governo.

Apesar do aumento da arrecadação, a Receita alega que o incremento da carga tributária decorreu muito mais do crescimento da economia do que da elevação de impostos e contribuições. De acordo com o Fisco, isso pode ser comprovado pelo fato de que, no ano passado, não foram observadas medidas legislativas relevantes para aumentar a carga tributária.

Segundo a Receita Federal, a elevação da renda do brasileiro e a formalização do mercado de trabalho foram os principais fatores que impulsionaram a arrecadação no ano passado. Somente o Imposto de Renda teve impacto de 0,52 ponto percentual no aumento da carga tributária, influenciado pelo aumento da massa salarial e à recuperação dos investimentos em aplicações financeiras. Em segundo lugar, veio a contribuição para a Previdência Social, com impacto de 0,31 ponto percentual.

O bom desempenho do comércio, cujas vendas se mantiveram aquecidas no ano passado, refletiu-se na arrecadação da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), tributo ligado ao faturamento. A arrecadação da Cofins representou 0,20 ponto percentual do crescimento da carga tributária em 2011.

Os tributos federais foram os que mais pesaram no bolso do brasileiro, correspondendo a 24,73% do PIB em 2011. Em 2010, esse percentual havia atingido 23,15%. Os tributos estaduais representaram 8,63% do PIB, índice praticamente estável em relação a 2010, quando os tributos estaduais haviam alcançado 8,53% do PIB. A carga tributária dos municípios subiu de 1,85% do PIB, em 2010, para 1,95% no ano passado.

De acordo com a Receita Federal, a carga tributária brasileira é mais baixa que a da maioria dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo composto principalmente por países desenvolvidos. O peso dos tributos no Brasil é menor que o de 16 países do bloco. Os tributos respondem por 48,2% do PIB na Dinamarca, 45,8% na Suécia, 43,8% na Bélgica, 43% na Itália e 42,9% na França.

Apesar disso, o peso dos impostos sobre a economia brasileira é maior do que nos Estados Unidos, onde a carga tributária somou 24,8% em 2010, e em países emergentes como o México, cuja carga atingiu 18,1% do PIB. Como os dados dos outros países estão desatualizados, a Receita Federal fez a comparação com 2010.

Edição: Carolina Pimentel

Dólar tem valorização de 25,5% no governo Dilma

Brasil Econômico   (redacao@brasileconomico.com.br) 
29/11/12 14:20


No período, a moeda americana tem depreciação de 8,33% na Colômbia, e de 7,86% no Peru.
A alta acumulada pelo dólar em 2012, considerando o valor de venda do dólar Ptax, até a quarta-feira (28/11), é de 11,48%.
Entre os pares latino-americanos, que participaram do levantamento realizado pela Economatica, só na Argentina os ganhos da moeda americana são maiores, de 12,04%.
Por outro lado, no Chile o dólar recua 7,49% no período analisado, cai 6,53% no México, 6,10% na Colômbia, e 4,09% no Peru.
Na Venezuela, outro país que participou da pesquisa da consultoria, o dólar fica estável.
Considerando o período desde o início do governo Dilma Rousseff, o percentual de ganhos do dólar sobe para 25,51%, o maior dentro do universo analisado.
Na sequência aparece a Argentina (20,70%) e o México (5,57%).
Já durante o governo Lula, o dólar acumulou uma desvalorização de 52,84%, enquanto no Chile a depreciação da moeda americana chegou a 35,02%. E na Venezuela, subiu 206,49% de 2003 a 2010.

Com fechamento de mês, dólar volta aos R$ 2,10

Lucas Bombana   (lbombana@brasileconomico.com.br)
29/11/12 12:59


A preocupação de que um real mais depreciado possa levar o BC a elevar a taxa de juros antes do desejado influencia no movimento de abertura verificado na curva de juros futuros da BM&F Bovespa.
A tradicional briga de final de mês pela Ptax, que mostra uma clara predominância dos comprados nesta quinta-feira (29/11), joga para cima a taxa do dólar, que já se encontra em patamar superior aos R$ 2,10.
A moeda americana tinha valorização de 0,90% nesta tarde, negociada a R$ 2,109 na venda, enquanto o Dollar Index, índice que mede a variação do dólar contra uma cesta de divisas, recuava 0,30%.
Na semana passada, quando a cotação da moeda americana ultrapassou o teto dos R$ 2,10, o BC aguardou ela se aproximar dos R$ 2,12 para entrar com um leilão de venda, que a recolocou nos R$ 2,082.
Certamente a autoridade monetária monitora de perto as variações que ocorrem no mercado cambial doméstico nesta quinta, e apenas aguarda o ponto que considera ideal para realizar nova operação similar à da semana anterior.
Os especialistas de mercado entendem que, no momento, a autoridade está mais preocupada em aquecer a economia do que com uma possível pressão inflacionária em 2013 decorrente do dólar mais caro.
Alguns agentes devem estar com posições compradas nos R$ 2,12 da semana anterior, e brigam para jogar a Ptax acima desse nível e obter ganhos no fechamento da taxa, explica Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.
"No ano que vem tem o aumento dos combustíveis, o realinhamento de preço dos importados, e a intromissão do governo no mercado tem assustado bastante os investidores. Já não tem fluxo de divisas suficiente", pondera Galhardo.
Um cenário onde o Copom inicie o ciclo de aperto monetário já na primeira reunião de 2013, que acontece nos dias 15 e 16 de janeiro, não é totalmente descartado pelo gerente da Treviso.
"O Copom pode ter mantido os juros agora justamente para antecipara a política no ano que vem".
Juros
A perspectiva de que um dólar mais valorizado irá jogar pressão na alta dos preços nos próximos meses empurra para cima a curva de juros futuros da BM&FBovespa.
Mais negociado, com giro de R$ 13,356 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 subia de 7,30% para 7,32%, enquanto o para janeiro de 2015 avançava de 7,90% para 7,94%, com volume de R$ 7,725 bilhões.
"Mesmo esperando algum aperto no final do ano que vem, temos a visão de que o BC deve primeiro recorrer a medidas macroprudenciais e à apreciação da taxa de câmbio para ajudar a combater a inflação. A elevação da taxa Selic deve ser o último recurso da autoridade", afirma Marcelo Salomon, do Barclays, em relatório.
O Itaú Unibanco, por sua vez, entende que, caso tenhamos significativas decepções no nível da atividade econômica neste, e nos próximos trimestres, o Copom poderá realizar novos cortes na Selic.
"O sinal de manutenção dos juros por um tempo suficientemente prolongado revela confiança em um nível menor de juros reais de equilíbrio e também a necessidade de manter o estímulo para a economia", diz o relatório da instituição assinado pelo economista-chefe Ilan Goldfajn, que foi diretor de política econômica do BC de 2000 a 2003.
"A decisão do Copom de manter a taxa em 7,25% é decisiva para garantir a confiança e estimular os investimentos", avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A FecomercioSP, por sua vez, entende que a permanência da Selic no atual patamar foi a ação mais razoável, já que, com a inflação acima do centro da meta, não há mais espaços para novas reduções.
Porém, a entidade destaca que "a atual situação do BC não é das mais simples, uma vez que é preciso lidar com a necessidade simultânea de manter o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) controlado, reduzir o custo da dívida e estimular a economia do país, que vem crescendo em baixo ritmo". A FecomercioSP projeta a Selic em 9% no final do próximo ano.

Atualizada - Câmara aprova MP que prevê incentivos fiscais a empresas de transporte


Iolando Lourenço e Ivan Richard
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - A Câmara dos Deputados aprovou hoje (28) a Medida Provisória (MP) 578, que permite a depreciação (perda de valor de bens físicos) acelerada dos veículos para transporte de mercadorias e dos vagões e locomotivas novos adquiridos entre 1º de setembro e 31 de dezembro deste ano às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real. A medida beneficia empresas de transporte permitindo que elas paguem menos impostos.

A MP sofreu várias modificações na comissão mista que analisou a matéria. Foram incorporados ao texto pontos, muitos dos quais sem relação com o assunto original da medida provisória, como o parcelamento das dívidas de estados e municípios com o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), a reabertura do prazo para as empresas e pessoas físicas aderirem ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis) até 28 de fevereiro de 2013.

Havia um item na MP sobre a criação de 8,2 mil cargos em vários órgãos do Poder Executivo que foi retirado no final da votação por pressão da oposição e em seguida foi aprovada a urgência para os projetos do Executivo que propõem a criação dos cargos.

De acordo com o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), os cargos serão criados em órgãos como Policia Rodoviária Federal,  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

A medida provisória segue agora para análise do Senado. Caso sofra modificações, ela terá que passar por nova votação na Câmara dos Deputados antes de ser encaminhada à sanção presidencial.

Edição: Fábio Massalli// Matéria atualizada às 21h26 para informar mudança realizada no final da votação da Câmara no texto da Medida Provisória 578. O item que criava 8,2 mil cargos no Executivo foi retirado da MP após pressão da oposição e aprovada a urgência nos projetos que propõem a criação dos cargos.

Rússia suspende embargo às exportações de carne de três estados brasileiros


Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O embargo russo às exportações de carne de três estados brasileiros, que já durava um ano e cinco meses, foi suspenso. A informação foi divulgada somente hoje (28) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), embora a Rússia tenha comunicado a decisão ao embaixador do Brasil em Moscou na última sexta-feira (23).

Apesar do fim do embargo, ainda não há previsão de quando serão retomadas as vendas de Mato Grosso, do Paraná e Rio Grande do Sul  para o país europeu. Isso dependerá, segundo o Mapa, da celeridade de adaptação das empresas exportadoras às regras impostas pelos russos. Também restariam alguns frigoríficos em outros estados sob embargo da Rússia.

De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Ênio Marques Pereira, para que houvesse a retomada do comércio, o Brasil optou por se submeter às exigências do país. Entre elas, está a exigência de que as carnes exportadas – tanto a bovina quanto a suína e de aves - não tenham hormônio promotor de crescimento, a ser atestado por um laudo de laboratório.

A mesma exigência já é feita pelos países da União Europeia.  “O comércio com a Rússia já tem em torno de 15 anos. Nestes últimos dois anos, as exigências passaram a um limite que tivemos muita dificuldade de atender”, disse o secretário.

Desde o início do embargo, em junho do ano passado, foram realizados mais de dez encontros com autoridades russas na tentativa de solucionar o impasse. Além do Ministério da Agricultura, o Ministério das Relações Exteriores tomou parte nas discussões.

Segundo dados do Mapa, as exportações brasileiras de carne mantiveram-se estáveis. De janeiro a outubro deste ano, somaram US$ 12,981 milhões. Nos mesmos meses de 2011, ficaram em US$ 12,965 milhões.
De acordo com Célio Porto, secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, o embargo causou prejuízo principalmente ao mercado interno dos estados onde houve veto à exportação. Ele afirmou ainda que a suinocultura foi a mais prejudicada, pois 50% das exportações de suínos partindo do Brasil são destinados à Rússia.

Edição: Davi Oliveira

Entrada de dólares supera saída em US$ 3,5 bilhões neste mês até dia 23


Repórter da Agência Brasil

Brasília – A entrada de dólares superou a saída em US$ 3,537 bilhões, neste mês até o último dia 23, informou hoje (28) o Banco Central (BC).

O saldo positivo veio somente do fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações), com US$ 4,612 bilhões. O segmento comercial (operações relacionadas a exportações e importações) registrou saldo negativo de US$ 1,075 bilhões.

De janeiro a 23 de novembro, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 22,169 bilhões. No período, o saldo é positivo tanto para o segmento financeiro (US$ 8,208 bilhões) quanto para o comercial (US$ 13,961 bilhões).

Edição: Juliana Andrade

Governo anuncia pacote de concessão de portos no dia 6

Ruy Barata Neto   (rneto@brasileconomico.com.br) | De Brasília
28/11/12 09:36

Projeto deverá atrair investimentos públicos e privados na ordem de R$ 40 bilhões a partir de 2013.


O governo faz os ajustes finais no plano de reestruturação dos portos que deverá ser anunciado no próximo dia 6 de dezembro.
A presidente Dilma Rousseff reuniu ontem o alto escalão do governo para dar o arremate final do projeto que deverá atrair investimentos públicos e privados na ordem de R$ 40 bilhões a partir de 2013, segundo estimativas de fontes que participam das conversas.
Com o anúncio do programa de portos, Dilma espera retomar a agenda positiva do governo interrompida pela eclosão da Operação Porto Seguro da Polícia Federal, que descortinou esquema de venda de pareceres técnicos favoráveis a projetos de empresas em agências reguladoras.
Dilma já estava com o programa praticamente pronto desde que voltou da Cúpula Ibero-Americana, em Cádiz, na Espanha, na semana passada, mas teve que fazer alterações de agenda.
Uma delas foi para o adiamento de evento, que iria ser feito esta semana, para anunciar 1 milhão de moradias entregues como parte do programa Minha Casa, Minha Vida, que acabou ficando para a próxima terça-feira (4), antes do lançamento do programa de portos.
O governo pretenderá amarrar o tripé prioritário do programa de logística de transporte com o lançamento do programa dos portos. Consulta do Palácio do Planalto a empresários demonstrou que a solução para o sistema portuário deveria ser concluída antes do projeto de novos investimentos para o setor aeroportuário que deverá mesmo ficar somente para 2013.
O governo pretende com os portos complementar de forma mais imediata o plano de concessões de rodovias e ferrovias, anunciado em agosto. Conforme publicou o Brasil Econômico na época, desde o início das discussões a prioridade era para um sistema integrado que viabilizasse o reforço de modais de transportes que dão acesso aos portos.
Segundo fontes ligadas ao Palácio do Planalto, estão definidas pelo menos três novas concessões de portos: uma no Espírito Santo, outra em Ilhéus, na Bahia, e uma terceira em Manaus, no Amazonas. Os terminais serão ligados à rodovias e ferrovias que estão listadas nos planos de concessão já anunciados.
Para os portos, o governo deverá inaugurar um novo modelo de contratos no setor e que pressupõe a entrega ao ente privado a responsabilidade pela construção e administração de terminais portuários.
Dilma também mexerá na gestão das Companhias das Docas. A opção deverá ser pela instauração de um sistema "híbrido", o que significa dotar estas estatais de gestão mais eficiente, mais próxima do setor privado, mas sem fazer uma concessão propriamente dita. O governo antes estudava este caminho, mas recuou diante de dificuldades que enfrentaria na área jurídica.
O governo quer tirar as teias que dificultam uma boa administração das Companhias das Docas. Sete estatais, sob o controle da União, administram 18 portos públicos organizados, mas de maneira ineficiente.
Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de uma dotação orçamentária de R$ 932 milhões, estas empresas executaram apenas 30% do valor, apesar de inúmeros investimentos que precisam ser feitos no setor portuário.
O governo ainda se divide em relação a algumas questões que também deverão aparecer no plano. Uma delas diz respeito a contratos de arrendamentos de 98 terminais portuários que precisam passar por adequações à lei dos Portos de 1993. Outro ponto diz respeito a criação de uma espécie de autoridade portuária.

Fisco detalha cálculo de receita bruta para setor com folha desonerada

Por Thiago Resende e Eduardo Campos | Valor
BRASÍLIA - A Receita Federal emitiu parecer normativo nesta terça-feira para esclarecer dúvidas sobre como calcular a receita bruta nos casos dos setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamento. O texto detalha quais valores entram no cálculo de receita bruta para incidir o percentual da nova forma de contribuição previdenciária.
Devem ser incluídas a receita de prestação de serviços; de venda de bens nas operações de conta própria, efetuadas com bens e serviços de propriedade da empresa; e o resultado auferido nas operações de conta alheia, realizadas com bens e serviços de outras empresas ou mesmo comissões pela intermediação de negócios.
Podem ser excluídos da conta: a receita bruta de exportações; as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), quando incluído na receita bruta; além de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em condições específicas.
A medida de desoneração zera a alíquota de 20% sobre a folha de pagamento. Em troca, as empresas passam a pagar um percentual sobre a receita bruta. Atualmente 15 segmentos são contemplados pela redução no custo. Isso porque essas atividades são de uso intensivo de mão de obra. A partir de 2013 mais 25 setores terão o mesmo benefício.
Segundo a Receita, o entendimento foi editado por conta de questionamentos que surgiram em função do uso da “expressão ‘receita bruta’ sem fazer remissão à legislação de qualquer outro tributo e sem estabelecer maiores especificidades”. O Parecer Normativo nº 3 foi publicado na edição desta terça-feira do “Diário Oficial da União”.
Em meados deste ano o governo teve que resolver um impasse, pois houve alteração no conceito de receita bruta durante a tramitação da medida provisória (MP) no Congresso Nacional.
Na MP nº 563, que ampliava de quatro para 15 setores contemplados pela desoneração, a definição do termo passou a ser o “valor percebido na venda de bens e serviços nas operações de conta própria ou alheia, bem como o ingresso de qualquer outra natureza auferido pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou de sua classificação contábil, sendo também irrelevante o tipo de atividade exercida pela pessoa jurídica”.
Tal redação permitiu à Receita Federal entender que a base de cálculo da nova contribuição poderia incluir a venda de ativos, como ações ou imóveis, e também receitas financeiras. Isso chegou a provocar críticas à medida, que deixaria de ser um benefício para, na prática, aumentar a tributação sobre os setores.
A presidente Dilma Rousseff vetou tal artigo da MP, mas ainda faltava a ampla divulgação de esclarecimentos da Receita. Cabe lembrar que o conceito de receita bruta já foi pacificado no Supremo Tribunal Federal (STF), entendendo que entra na conta apenas o faturamento resultante da venda de bens e serviços.


Senadores querem tornar mais flexível unificação de ICMS entre Estados

Por Eduardo Campos, Thiago Resende e Edna Simão | Valor

BRASÍLIA - O governo continua trabalhando para levar adiante a sua proposta de unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no intuito de acabar com a guerra fiscal entre os Estados. E após nova reunião com senadores, a percepção é que a proposta começa a ser flexibilizada.
Apresentada aos governadores no começo de novembro, o modelo de unificação da alíquota interestadual em 4% ao longo de oito anos, juntamente com a criação de dois fundos, um de compensação e outro de desenvolvimento, abre-se para avaliações caso a caso.
Entre os entes da federação há uma clara divisão. Alguns concordam com a adoção de alíquota única, desde que as compensações sejam garantidas e imediatas, enquanto os Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste insistem em um modelo de redução da alíquota, mas mantendo duas faixas diferentes, de 7% e de 2%.
Segundo o senador Gim Argello (PTB –DF), as especificidades de sete Estados serão discutidas. “Temos de estudar cada caso, analisar cada um deles. Não saímos daqui com um acordo montado. Não podemos simplesmente unificar”, disse o senador, após sair de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e outros senadores.
Os sete Estados que terão suas especificidades avaliadas e poderão ter regras diferenciadas são Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Amazonas, Bahia, Santa Catarina, Goiás e Espírito Santo.
No caso de Mato Grosso do Sul, Argello explicou que o Estado precisa de avaliação especial em função do gás da Bolívia que passa pelo seu território. Amazonas requer atenção em função da Zona Franca de Manaus. Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás são avaliados em função da “guerra dos portos”, questão praticamente resolvida depois que resolução do Senado unificou a alíquota de ICMS interestadual para produtos com mais de 40% de conteúdo importado em 4%.
Além das avaliações caso a caso, Argello explicou que o acesso ao fundo de compensação poderá ser feito em base mensal, e não mais como base trimestral, como apresentado anteriormente. O capital dos dois fundos, também de acordo com o senador, seria de R$ 167 bilhões, sendo composto por recursos da União e por empréstimos. O valor original apresentado pelo governo previa R$ 172 bilhões em recursos, e a diferença decorre da mudança na perspectiva de vigência da medida.
Como serão feitas essa avaliações caso a caso, a percepção de que uma definição poderia ser atingida ainda neste ano foi abandonada. “Aprovar esse ano é impossível. Ninguém aqui vai fazer compromisso para não ser cumprido. Vamos apresentar o projeto de resolução para tramitar esse ano e aprovar até o meio do ano que vem”, disse Argelo.
Antes da reunião, entretanto, o senador Armando Monteiro (PTB- PE) havia dito que a aprovação da proposta “não era fácil”, mas seria possível ainda em 2012. O senador Francisco Dornelles (PP-RJ), também antes do encontro, não descartava a possibilidade de aprovação. “Não existe nada de impossível na política”, disse.
Ao fim do encontro, Monteiro ressaltou que o importante é que a proposta comece a tramitar ainda em 2012.
Segundo Argello, o trabalho dos senadores agora é levar a proposta para as suas bancadas e discutir o tema. O senador reiterou que Mantega deve ir à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) na próxima terça feira para explicar a proposta “como um todo”.
Quando anunciou a proposta, o desejo do governo federal era que assunto fosse aprovado por meio de resolução do Senado ainda neste ano. Para isso Mantega já havia se comprometido em fazer as compensações aos Estados e acenou com a possibilidade de troca do indexador que corrige as dívidas estaduais.
“Deveria ser uma reforma tributária completa, total. Mas já que estamos fazendo ela fatiada, temos de fazer da melhor forma possível, não podemos deixar que os Estados percam mais renda, temos de analisar caso a caso”, disse Argello.
Para o líder do PT, Walter Pinheiro (BA) o governo precisa colocar o “dedo na ferida” e discutir tanto a questão da unificação da alíquota interestadual dos Estados como a troca do indexador da dívida dos governos estaduais com a União.
Também estiveram no encontro a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), Renan Calheiros (PMDB-AL), Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) e Delcídio do Amaral (PT-MS).

Wilson Sons duplica Tecon na Bahia

Por Francisco Góes | Do Rio

A Wilson Sons inaugura na sexta-feira a expansão do Tecon Salvador, terminal de contêineres da empresa na Bahia. Com investimentos de R$ 180 milhões, o terminal vai dobrar de capacidade. Terá condições de receber navios maiores e atenderá as exportações de frutas da Bahia e de Pernambuco. Segundo Cezar Baião, presidente da empresa, parte das frutas produzidas no perímetro irrigado do Vale do São Francisco sai hoje por Pernambuco e Ceará. A aposta da companhia é capturar parcela desses volumes.

Fonte: Valor Econômico

Mantega vai ao Senado esclarecer unificação do ICMS

27/11/2012 - 14h21
DO VALOR


A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou nesta terça-feira (27) a realização de audiência pública para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicar a proposta do governo de unificação da alíquota interestadual do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
André Borges - 21.mai.2012/Folhapress
No Senado, Mantega também deve falar sobre a mudança do indexador da dívida dos Estados e o FPE
Mantega também falará no Senado falar sobre a mudança do indexador da dívida dos Estados e o FPE

A audiência será na próxima terça (4), ainda sem horário definido. Na ocasião, o ministro também tratará de outras questões federativas, como a mudança do indexador da dívida dos Estados e o FPE (Fundo de Participação dos Estados ).

Nesta terça-feira (27), Guido Mantega se reuniu com diversos senadores para reforçar a proposta de uma alíquota única de ICMS em 4%.

Em reunião na semana passada com Mantega os governadores mostraram resistência à proposta do governo, que além da unificação do ICMS, prevê a criação e dois fundos para recompor perdas decorrentes das alterações das alíquotas do imposto e promover investimentos nos Estados. Na ocasião, o ministro afirmou que o projeto deve ser aprovado entre março e abril do próximo ano no Senado.

Dólar opera em baixa e volta ao patamar de R$ 2,07

Lucas Bombana   (lbombana@brasileconomico.com.br) | Atualizado às 12h33
27/11/12 12:29


Curva de juros futuros da BM&F Bovespa acompanha movimento do câmbio e opera em baixa.
Com a intenção do Banco Central (BC) de impedir que a cotação do dólar rompa o teto de R$ 2,10, o dólar volta a operar com desvalorização frente ao real no câmbio doméstico.
A moeda americana depreciava 0,19%, negociada a R$ 2,078 na venda.
Na última sexta, quando a taxa do dólar chegou a ultrapassar o nível de R$ 2,10, a autoridade monetária entrou com um leilão de venda de divisas, o que levou a cotação para R$ 2,082.
Apesar de dizer que não controla o câmbio, as intervenções do governo no mercado dizem o contrário, e devem manter a cotação da divisa oscilando na banda de R$ 2,05 a R$ 2,10 nos próximos pregões.
"A preocupação era se o BC tinha mudado a banda informal que existe, de passar dos R$ 2,10 e ir embora. Como isso não aconteceu na semana passada, com a entrada do BC, o mercado parou de subir, e está devolvendo um pouco esse movimento", diz Ures Folchini, vice-presidente de tesouraria do Banco WestLB.
Quando a pressão era por uma desvalorização do dólar, o BC entrava comprando divisas próximo aos R$ 2,02. O especialista destaca que devemos ficar atentos, caso a trajetória descendente prossiga, no patamar de R$ 2,05, que pode ser o novo nível defendido pela autoridade.
"O BC não quer que caía muito, nem que suba muito, quer um mercado que vá se acomodando devagar", pondera Folchini.
Juros
A curva de juros futuros da BM&FBovespa opera com viés de queda na sessão desta terça-feira.
Mais negociado, com giro de R$ 23,140 bilhões, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 recuava de 7,31% para 7,29%, enquanto o para janeiro de 2015 cedia de 7,93% para 7,89%, com volume de R$ 2,161 bilhões.
Durante o período em que o dólar estava em clara tendência de alta, a curva acompanhava com abertura das taxas, uma vez que o real desvalorizado encarece os importados, e o aumento dos custos do comércio é repassado aos consumidores finais.
Com a reversão na trajetória do câmbio, a curva também se ajusta, dizem especialistas.
A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC que se inicia nesta terça e termina amanhã não deve trazer alterações na taxa básica de juros (Selic), e não pode ser apontada como influência para o movimento.

28 de novembro: sem desembaraço e acesso ao sistema

Seg, 26 de Novembro de 2012 11:45 Vândia Ribeiro
Fonte: Sindifisco Nacional

Na próxima quarta-feira (28/11), Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) de todo o país têm mais um compromisso com a  mobilização na luta pela conquista de uma remuneração condizente com as suas atribuições, além de melhores condições de trabalho. Em novo "Dia Nacional de Mobilização", os Auditores lotados na zona secundária não deverão acessar os sistemas da RFB e os da zona primária deverão realizar o desembaraço zero.
A mobilização da categoria, iniciada em junho passado com a realização das operações padrão e crédito zero, vem apresentando o resultado esperado. Tendo em vista a apreciação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2013 pelo Congresso Nacional é chegada a hora de a Classe mostrar a sua força e unidade e intensificar ainda mais as ações de modo a demonstrar para o Governo sua relevância para o Estado brasileiro.

Fenagro oferece oportunidades de negócios internacionais

Salvador – Com uma expectativa de mais de 300 mil pessoas, a 25ª Feira Nacional de Agropecuária (Fenagro) deve movimentar mais de R$ 100 milhões em negócios. O evento expõe animais, maquinários, implementos e financiamentos agrícolas até domingo (2). O Sebrae na Bahia montou um estande no local para levar informação e apoio aos pequenos produtores rurais.

A edição deste ano da Fenagro homenageia o rei do baião, Luiz Gonzaga, que completaria 100 anos de vida em 2012.

Uma das novidades da feira é o Salão Internacional Vida de Viajante, ponto de encontro de diplomatas e empresários, que abriga as representações consulares de países com interesses no estado. O espaço, montado com apoio do Sebrae, foi inaugurado durante a abertura da Fenagro, no sábado (24). Entre outras atividades, o salão mostra as ações desenvolvidas pela Bahia na atração de investimentos. No primeiro dia, recebeu visitas de consulados e representantes da China, países do Mercosul e União Européia.

Segundo Lauro Ramos, diretor do Sebrae na Bahia, o objetivo do salão é articular com órgãos oficiais e representantes de diversos países ações internacionais que envolvam empresários brasileiros. “É um espaço de negócios para promover o desenvolvimento com a atração de investimentos internacionais, sempre com foco nas ações sociais”. No primeiro dia, a embaixada da China no Brasil reuniu-se com membros da secretaria da Agricultura.

Serviço
Agência Sebrae de Notícias Bahia
(71) 3444-6808/3320-4558 / 9222-1612 /9174-9142
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800
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Brasil terá menor crescimento entre países do Brics, indica estudo da OCDE


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Relatório divulgado hoje (27) pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) indica que a economia brasileira fechará o ano com um crescimento de, no máximo, 1,5%. É o menor percentual entre os países que compõem o bloco Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A maior previsão de crescimento é a da China, 7,5%. Depois vêm a Índia (4,4%), a Rússia (3,4%) e a África do Sul (2,6%).

Pelas projeções para o próximo ano e 2104, a China e a Índia continuarão na liderança, registrando crescimento superior a 6,5%. O Brasil, segundo as estimativas, deverá crescer 4% no ano que vem e 4,1% em 2014. As economias da Rússia e da África do Sul terão expansão de 3% a 4%. Detalhes sobre o estudo podem ser obtidos na página da OCDE.

No capítulo sobre o Brasil, a organização informa que a economia registra melhorias, mas abaixo da tendência geral de crescimento. Segundo o relatório, há indicadores de confiança e projeções de queda no desemprego. O estudo diz ainda que a inflação diminuiu e se estabilizou. Mas alerta sobre a necessidade de mais investimentos nas exportações.

Em relação à economia global, o relatório diz que a projeção é “uma recuperação hesitante e desigual”, nos próximos dois anos. A OCDE recomenda que as autoridades assumam uma “política decisiva” para combater os efeitos da crise econômica internacional e evitar riscos de recessão.

"A economia mundial está longe de estar fora de perigo", disse o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría. “Os governos devem agir decisivamente, usando todas as ferramentas à disposição para retomar a confiança e impulsionar o crescimento e a geração de emprego, nos Estados Unidos, na Europa e em outros lugares ", acrescentou ele.

O documento alerta sobre a fragilidade da economia norte-americana, enfraquecida pela recessão e sob efeito da crise global. Também informa que a geração de emprego no mundo está em baixa, registrando cerca de 50 milhões de pessoas desempregadas nos países pesquisados pela OCDE.

A orientação da entidade é para que as autoridades estimulem a abertura de vagas de trabalho. Para os pesquisadores, a tendência é que a crise na zona do euro (17 países que adotam a moeda única) deve permanecer, apesar das medidas de austeridade adotadas por vários governos da região.

Edição: Juliana Andrade